Rall
‘Na unilateralidade de afeto e
emoção reificadas
Por frias normas sem ouvido pra’ belas canções
A morte do humano em trombetas é anunciada
E logo só nos restam fragmentos de sensações ‘.
Por frias normas sem ouvido pra’ belas canções
A morte do humano em trombetas é anunciada
E logo só nos restam fragmentos de sensações ‘.
"É preciso ficar claro que a derrubada de Mubarak, mesmo
que haja eleições livres e limpas, ainda uma dúvida, não significa nenhuma
“ruptura com o contínuum da história” (Walter Benjamin). As formas de dominação
e sofrimentos poderão perpetuar-se e dificilmente haverá solução para o
desemprego, cuja tendência é acentuar-se com a crescente automação da produção.
A rebelião, porém, consolidando-se como movimento de resistência ao que está aí, tem importante papel ao tirar debaixo do tapete, forçando uma pauta,
questões que incomodam os gestores da crise do
capitalismo*”.
Os riscos estavam presentes nas
primeiras barricadas do movimento dos jovens egípcios. Era de se esperar, a não
ser a partir das análises obtusas à direita e à esquerda, que a rebelião no
Egito poderia abortar. Antes mesmo das eleições, não havia expectativas, e nem
se quer discussões sobre a crise global da qual essas rebeliões são filhas, que
não restringisse as opções a uma teocracia religiosa no comando do Estado ou a
volta da ditadura com o apoio do exército, agora clamada nas ruas pelas massas
decepcionadas.
É o que de fato observamos.
Primeiro, a teocracia eleita fracassou miseravelmente na tentativa de resolver
os graves problemas sociais e econômicos desse País, com filantropias e medidas
repressivas, principalmente contra as mulheres, em nome do Islã, como forma de
esconder a sua incapacidade de resolver os problemas. Segundo, as manifestações
puxadas por uma classe média laica empobrecida, pede agora o exército de volta
ao poder.
Como fracassou o regime
teocrático, pois não tinha respostas de como atender as mais elementares demandas
da população, deve fracassar o regime agora sustentado pelo exército, que mais
tarde ou mais cedo deverá usar as forças das armas para reprimir o movimento. As
lutas que hoje se travam nas ruas, mantendo-se limitadas as questões do
cotidiano que de forma alguma pode deixar de ser desconsideradas, não romperão os
limites impostos pela gestão autoritária do capitalismo em crise.
O exemplo do Egito deveria
servir para uma profunda reflexão dos movimentos em todo mundo, em particular
no Brasil. Não bastam as lutas pelas questões imediatas ligadas a sobrevivência
das pessoas piorada com a crise. É importante que se discuta como sair da crise
olhando além da sociedade produtora de mercadorias, mesmo sabendo-se das
implicações e das enormes dificuldades de se transcender criticamente esses
limites. Manter-se nos problemas imediatamente sentidos é pactuar com os que não desejam mudanças profundas e aceitam que o sofrimento das
pessoas e a barbárie tendam aumentar com as saídas até agora propostas, que beneficiam uma minoria inexpressiva no comando da economia e do
Estado, como mostram as análises mais responsáveis.
06.06.2013
Um comentário:
Hi there, You have done a great job. I will certainly digg it
and personally recommend to my friends. I am sure they will be benefited from
this website.
Also visit my web page - dotties weight loss zone
Postar um comentário